O movimento de passageiros no Aeroporto das Cataratas e na Rodoviária Internacional (embarques e desembarques) e nos principais atrativos confirmam a tendência de retomada do turismo em Foz do Iguaçu. Dados da equipe da Divisão de Estatísticas e Estudos Turísticos da Secretaria de Turismo apontam que esses indicadores apresentaram melhora no primeiro semestre de 2021, no comparativo com os últimos seis meses do ano passado.
O desempenho positivo das portas de entrada (aérea e rodoviária) e atrativos confirmam o otimismo do secretário de Turismo e Projetos Estratégicos, Paulo Angeli, de que “Foz do Iguaçu é a bola da vez”. A análise considera a movimentação de viajantes no aeroporto e rodoviária e ingressos no Parque Nacional do Iguaçu, Circuito Turístico da Itaipu e Marco das Três Fronteiras.
O aeroporto registrou, de janeiro a junho deste ano, 345.207 embarques e desembarques, um aumento superior a 42% no comparativo aos 241.765 embarques e desembarques de julho a dezembro do ano passado. De acordo com a estatística da Infraero, responsável pelo terminal, o mês de junho, com mais de 62,5 mil embarques e desembarques, ficou atrás apenas de janeiro, 95,1 mil passageiros, mês que tradicionalmente tem maior movimento no ano.
A rodoviária apresentou um aumento superior a 41% no total de passageiros, no comparativo entre os dois últimos semestres. Este ano, de janeiro a junho, 241.197 pessoas passaram pelo terminal, contra 170.648 de julho a dezembro do ano passado. O desempenho do primeiro semestre do ano chegou perto dos 248.650 embarques e desembarques dos primeiros seis meses de 2020, período em que teve início a pandemia do coronavírus (covid-19).
“Muito que fazer”
Os dados mostram um princípio de retomada do turismo de Foz do Iguaçu, mesmo durante a pandemia do coronavírus. No entanto, de acordo com o secretário Paulo Angeli, ainda há muito o que fazer. “É preciso manter cuidados permanentes”, disse em referência aos protocolos sanitários orientados pela Organização Mundial de Saúde (OMS), fundamentais para evitar a propagação do vírus.
O destino precisa investir pesado, na avaliação do secretário, em “marketing de reposicionamento”. “Agora como um destino de natureza e com segurança sanitária”, ressaltou. Outro fator que vai acelerar a retomada, na avaliação de Angeli, é a volta dos eventos corporativos, esportivos e culturais a partir da metade do segundo semestre deste ano.
“Os eventos sempre foram decisivos para a demanda turística”, disse o secretário. Na última semana, o prefeito Chico Brasileiro divulgou o calendário de retomada gradativa dos eventos no município. “Antes da pandemia estávamos entre as cinco cidades brasileiras que mais recebiam eventos. Estamos confiantes que os eventos vão contribuir, e muito, para a retomada”, completou.