O Oscar 2021 está entre nós! Mas acompanhar 4 horas seguidas de uma premiação, por maior e melhor que ela seja, é uma dura tarefa. Por isso, separamos quem são os grandes ganhadores da 93ª edição do Oscar numa lista exemplar para você.
No advento da Covid-19, os cinemas do mundo foram imensamente prejudicados e esmagados nas indicações para filmes dos serviços do streaming. Entre eles, o holofote aponta para a Netflix, com, ao todo, 35 indicações ao Oscar.
Quem são os ganhadores do Oscar 2021?
A Academia de Artes e Ciências Cinematográficas anunciou os candidatos aos prêmios em março deste ano, dois meses após o comum (janeiro). De acordo com a Academia, em nome de preservar a saúde dos convidados e poder realiza uma cerimônia presencial.
Confira então quem são o grandes ganhadores da noite e os indicados de cada categoria entre eles.
- Melhor Roteiro Original
- Melhor Roteiro Adaptado
- Melhor Filme Internacional
- Melhor Ator Coadjuvante
- Melhor Cabelo e Maquiagem
- Melhor Figurino
- Melhor Diretor
- Melhor Som
- Melhor Curta-Metragem
- Melhor Curta de Animação
- Melhor Animação
- Melhor Documentário de Curta-Metragem
- Melhor Documentário
- Melhor Efeitos Visuais
- Melhor Atriz Coadjuvante
- Melhor Design de Produção
- Melhor Fotografia
- Melhor Montagem
- Melhor Trilha Sonora Original
- Melhor Canção Original
- Melhor Filme
- Melhor Atriz
- Melhor Ator
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Melhor Roteiro Original | Bela Vingança
O 1º prêmio da noite foi dado a Emerald Fennell, que vence na categoria Melhor Roteiro Original com seu roteiro em Bela Vingança. Sem dúvida, a Academia reconhece o talento da atriz e diretora, também como uma excepcional escritora.
O roteiro de Fennell emplaca o filme Bela Vingança, misturando comédia, drama e terror. Como resultado de uma resposta de uma jovem mulher com sede de vingança contra homens que abusam e maltratam outras mulheres.
Ademais, também concorriam na mesma categoria:
- Judas e o Messias Negro
- Minari
- O Som do SIlêncio
- Os 7 de Chicago
Melhor Roteiro Adaptado | Meu Pai
Christopher Hampton e Florian Zeller receberam a estatueta de Melhor Roteiro Adaptado, pelo longa Meu Pai, estrelado por Anthony Hopkins e Olivia Colman.
Meu Pai conta a história de Anthony, que tem 81 anos e luta contra um mal terrível, porém natural. Além disso, ele mora sozinho e, apesar de necessitar atenções médicas, recusa todos os cuidadores que sua filha tenta lhe impor.
Além do roteiro de Hampton e Zeller havia outros indicados:
- Borat: Fita de Cinema Seguinte
- Nomadland
- O Tigre Branco
- Uma Noite em Miami
Melhor Filme Internacional | Druk: mais uma rodada (Dinamarca)
A premiação de Mais uma Rodada quiçá tenha sido a mais tocante da noite. Thomas Vinterberg sobe ao palco e revela os detalhes do que pensou para fazer o filme ganhar vida. Logo depois, se comove com o que conta de sua filha a seguir.
O diretor ainda se emocionou ao contar a história da sua filha que morreu, tragicamente, num acidente de carro. “Porque alguém estava olhando o celular e dirigindo”, ele diz.
Mas o que fica do tocante discurso é:
Nós queríamos fazer um filme que celebrasse a vida.”
Melhor Ator Coadjuvante | Daniel Kaluuya
Daniel Kaluuya, conhecido por seu papel em Corra! (2017), levou o Oscar merecidíssimo de Melhor Ator Coadjuvante, graças ao seu trabalho em Judas e o Messias Negro.
Kaluuya interpreta o ativista e revolucionário afro-americano Fred Hampton, o presidente do Partido dos Panteras Negras durante os anos 50.
Entre os outros atores que também foram indicados, estavam presentes:
- Lakeith Stanfield – Judas e o Messias Negro
- Leslie Odom Jr. – Uma Noite em Miami
- Paul Raci – O Som do Silêncio
- Sacha Baron Cohen – Os 7 de Chicago
Melhor Cabelo e Maquiagem | A Voz Suprema do Blues
Sergio Lopez-Rivera, Mia Neal e Jamika Wilson receberam a estatueta de Melhor Cabelo e Maquiagem do Oscar 2021. Prêmio ganho em nome de A Voz Sagrada do Blues, estrelando Chadwick Boseman e Viola Davis.
Melhor Figurino | A Voz Suprema do Blues
Outro prêmio levado pelo longa é o de melhor figurino, recebido por Ann Roth, já uma veterana da categoria. A Voz Suprema do Blues conta a história de Ma Rainey (Viola Davis) numa Chicago de 1927, enquanto grava um álbum com seu trompista Levee (Chadwick Boseman).
Melhor Diretor(a) | Chloé Zhao
Tomada como uma diretora que só trabalhava com não-atores, Chloé Zhao vem como uma promissora diretora de filmes de alta produção, tanto que recebe este Oscar, por Nomadland, com a parceria de outra grande artista da indústria: Frances McDormand.
Chloé Zhao é agora a segunda mulher a receber o Oscar de Melhor Diretor(a), antes a façanha estava isolada com Kathryn Bigelow e sua estatueta de ouro por The Hurt Locker (2010).
Zhao estava em disputa com:
- Emerald Fennel – Bela Vingança
- David Fincher – Mank
- Lee Isaac Chung – Minari
- Thomas Vinterberg – Druk: Mais uma Rodada
Melhor Som | O Som do Silêncio
Ora ora, O Som do Silêncio ganhando o Oscar de Melhor Som? Sim. Trocadilhos à parte, o filme representa firmemente sua proposta de narrativa focada em elementos auditivos, visto que o protagonista passa por uma perda muito rápida de sua audição e tem de lidar com as mudanças drásticas de sua vida.
O longa está disponível na Amazon Prime Video atualmente e tem lugar no Oscar ao lado de:
- Greyhound
- Mank
- Relatos do Mundo
- Soul
Melhor Curta-Metragem | Dois Estranhos
Travon Free e Martin Desmond Roe aceitaram o Oscar de Melhor Curta-Metragem na noite de domingo, por seu filme Dois Estranhos.
Os dois admitem que se inspiraram no trágico caso de 2020 de George Floyd e o policial que o sufocou até a morte.
Dois Estranhos concorria com:
- Feeling Through
- The Letter Room
- The Present
- White Eye
Melhor Curta de Animação | If Anything Happens I Love You
Nascida de storyboards e da paixão por contar uma história por meio de desenhos, Will McCormack e Michael Govier levaram a estatueta de Melhor Curta de Animação para casa. If Anything Happens I Love You conta o drama de dois pais que acabaram de perder a filha num tiroteio de escola.
Melhor Animação | Soul
Soul confirma o favoritismo e leva para a Disney Pixar mais um Oscar de Melhor Animação. Embora simples, a trama do mais recente sucesso da Pixar explora os conceitos mais cruciais da vida de forma leviana e sutil, como já o fez algumas vezes.
O grande prêmio também estava no alvo dos seguintes filme esse ano:
- Burrow
- Genius Loci
- Opera
- Yes-People
Melhor Documentário de Curta-Metragem | Collete
O Melhor Documentário de Curta-Metragem, ou de Objetivo Curto, fica com Collete. Anthony Giacchino e Alice Doyard explicam como conheceram Collete e sua luta neste vídeo.
O documentário produzido pelo The Guardian está disponibilizado de graça no Youtube e desbanca do Oscar 2021 os curtas:
- A Concerto is a Conversation
- Do Not Split
- Hunger Ward
- A Love Song for Latasha
Melhor Documentário | Professor Polvo
Pippa Ehrlich, James Reed e Craig Foster foram premiados com o Melhor Documentário, prêmio que foi dado a Wild Wild Country, recentemente.
Nesta obra o mais incomum é ressaltado com beleza e delicadeza. Um cineasta desenvolve uma amizade improvável com um polvo da África do Sul.
Melhor Efeitos Visuais | Tenet
O mais recente filme de Christopher Nolan, estrelando John David Washington, sai com um Oscar de Melhor Efeitos Visuais. O feito tem sido constantemente conquistado pelo MCU – Marvel Cinematic Universe, que já arrecadou bilhões na última década.
Melhor Atriz Coadjuvante | Yun-Jung Youn
A surpresa mais agradável da noite tem nome e é Yun-Jung Youn. A atriz de Minari desbancou grandes nomes da indústria com sua interpretação de Soonja na família que dá nome ao filme.
Entre as atrizes que também concorriam estiveram:
- Amanda Seyfried – Mank
- Glenn Close – Era uma Vez um Sonho
- Maria Bakalova – Borat: Fita de Cinema Seguinte
- Olivia Colman – Meu Pai
Melhor Design de Produção | Mank
Mank segue os passos de Herman J. Mankiewics (Gary Oldman) durante sua jornada como roteirista de Cidadão Kane (1941), a obra-prima de Orson Welles.
O filme de Fincher sai como o vencedor de Melhor Design de Produção, por causa de sua impecável ambientação em uma jovem Hollywood dos anos 30.
Os demais concorrentes:
- A Voz Suprema do Blues
- Meu Pai
- Relatos do Mundo
- Tenet
Melhor Fotografia | Mank
Logo em seguida, Mank recebe seu segundo Oscar da noite pelas mãos de Erik Messerschmidt. Portanto Melhor Fotografia e Melhor Design de Produção ficam com Mank, do diretor David Fincher.
Triunfante, consegue bater:
- Judas e o Messias Negro
- Nomadland
- Relatos do Mundo
- Os 7 de Chicago
Melhor Montagem | O Som do Silêncio
Na premiação técnica de Melhor Montagem O Som do Silêncio arrecada mais um Oscar. A história de um homem que perde subitamente a audição tem grande suporte dos seus editores, que souberam montar a história valorizando ao máximo a experiência audiovisual no longa.
Em 2021, concorriam na mesma categoria:
- Bela Vingança
- Meu Pai
- Nomadland
- Os 7 de Chicago
Melhor Trilha Sonora Original | Soul
Soul não só leva o Oscar de Melhor Animação, como também emplaca com a Melhor Trilha Sonora Original de 2021.
O curioso é que seus compositores estão indicados duas vezes nesta categoria. Trent Rezone & Atticus Ross já ganharam o Oscar por A Rede Social (2010), e em 2021 concorrem duas vezes, respectivamente, pelos filmes Soul e Mank.
Melhor Canção Original | “Fight for You” – Judas e o Messias Negro
“Fight for you”, a música que abriu a cerimônia de 2021, sai vitoriosa com o Oscar de Melhor Canção Original. Ademais, a canção foi composta para o filme Judas e o Messias Negro, longa metragem que deu a Daniel Kaluuya o Oscar de Melhor Ator Coadjuvante na mesma noite!
Também estavam na disputa pelo Oscar os seguintes filmes, na categoria Melhor Canção Original:
- “Speak Now” – Uma Noite em Miami
- “Io Sí” – Rosa e Momo
- “Hear my Voice” – Os 7 de Chicago
- “Husavik” – Festival Eurovision da Canção: Saga de Digrit e Lars
Melhor Filme | Nomadland
O prêmio mais esperado da noite foi dado, com muito merecimento, a Nomadland da diretora Chloé Zhao – ganhadora do Oscar de Melhor Direção. Nomadland conta a história de uma mulher em seus 60 anos que vive entre os nômades modernos, após ter perdido tudo na Grande Recessão.
Estrelando a três vezes ganhadora do Oscar de Melhor Atriz, Frances McDormand, Nomadland supera portanto:
- Bela Vingança
- Judas e o Messias Negro
- Mank
- Meu Pai
- Minari
- O Som do Silêncio
- Os 7 de Chicago
Melhor Atriz | Frances McDormand
Na penúltima premiação do Oscar 2021, quem ganha o título de Melhor Atriz é mais uma vez é Frances McDormand. Interpretando Fern, uma mulher que passeia pelas ruínas do solo americano com um estilo de vida nômade moderno.
O filme foi uma grande colaboração de McDormand com Chloé Zhao, como confessa a diretora. Ainda que para um meio de não-atores, o trabalho de McDormand chega a tornar a jornada parecida com um documentário em certos momentos.
Até então, Frances já havia ganhado a estatueta de Melhor Atriz por Três Anúncios para um Crime (2017) e por Fargo (1997). Neste ano, a categoria carrega o peso dos nomes:
- Andra Day – Estados Unidos Vs Billie Holiday
- Carey Mulligan – Bela Vingança
- Vanessa Kirby – Pieces of a Woman
- Viola Davis – A Voz Suprema do Blues
Melhor Ator | Anthony Hopkins
O ator diz que se identifica com o papel em Meu Pai, que lhe rendeu o prêmio de Melhor Ator na 93ª edição do Oscar, aos 83 anos de idade. No filme, Hopkins interpreta seu homônimo Anthony, que passa por uma fase de adoecimento no fim da vida.
O papel desperta em Hopkins sua ânsia por permanecer atuando e com a mente ativa, visto que o personagem encara problemas de doença mental, por conta da idade.
Nesta categoria seguiam a estatueta:
- Chadwick Boseman – A Voz Suprema do Blues
- Gary Oldman – Mank
- Steven Yeun – Minari
- Riz Ahmend – O Som do Silêncio
Anthony Hopkins aqui no Museu de Cera!
Duas vezes vencedor do Oscar, Anthony Hopkins possui uma filmografia extensa e renomada, assim como papéis que entraram para a história do cinema.
Apesar de ter acumulado só um par das estatuetas mais cobiçadas da indústria, a lista de prêmios por suas interpretações em papéis do cinema e da televisão, e até do teatro, só aumentam. Dentre as quais estão enumeradas e você pode conferir nesta lista do seu IMDB.
No Museu de Cera, por sua vez, está uma réplica de Hopkins no papel mais icônico de toda sua carreira: Hannibal Lecter, o serial killer conhecido por devorar suas vítimas no filme O Silêncio dos Inocentes (1991).
O Museu de Cera em Foz do Iguaçu
Se você está se perguntando por que nunca ouviu falar deste ator maravilhoso e como ele foi parar no Museu de Cera, então clique aqui para saber tudo o que há para saber sobre o maior museu da América Latina.
E então, você concorda com as escolhas da Academia desse ano? Pessoalmente, acho que a cerimônia podia ser ainda mais curta.