Em um cenário cada vez mais competitivo no turismo, mais que atrair visitantes é preciso mantê-los e proporcionar experiências que realmente marquem. Nesse contexto, os atrativos turísticos cumprem um papel estratégico: são eles que motivam a escolha do destino, influenciam o tempo de permanência e determinam a qualidade da experiência vivida pelo turista.
Destinos com opções de passeios bem planejados, diversos e bem estruturados conseguem reter o visitante por mais tempo. Quanto maior a variedade de experiências disponíveis — sejam naturais, culturais, recreativas ou históricas — maior a chance de o turista estender sua estadia, explorar mais e consumir serviços locais. Isso é mais que uma percepção do setor. Estudos mostram que a diversidade de atrações está diretamente relacionada ao aumento do tempo de permanência nos destinos.

Mas o impacto dos atrativos vai além do tempo de estadia. Eles são decisivos na construção da experiência turística. A pessoa leva na lembrança o local que conheceu e como se sentiu. Atrativos que oferecem experiências memoráveis geram satisfação, engajamento emocional e um efeito poderoso: o desejo de retornar e de recomendar o destino a outras pessoas.
No Brasil, essa lógica é ainda mais evidente. Pesquisas com turistas em destinos consolidados, como Foz do Iguaçu, mostram que a experiência proporcionada pelas atrações é um dos aspectos mais bem avaliados pelos visitantes, superando inclusive fatores como acesso ou infraestrutura. Isso reforça uma verdade simples: o turista perdoa pequenos problemas logísticos, mas jamais esquece uma boa ou má experiência.
Outro ponto fundamental é a qualidade: forma como são apresentados, organizados e operados. Segurança, atendimento, limpeza, acessibilidade e hospitalidade fazem parte da percepção da pessoa. Modelos de avaliação da qualidade em atrativos turísticos demonstram que a experiência é formada tanto por elementos tangíveis quanto por aspectos humanos e emocionais.

Quando a percepção de qualidade é alta, os efeitos positivos aparecem rapidamente: o visitante permanece mais tempo, gasta mais no destino, avalia melhor sua experiência e se torna um promotor espontâneo do local. Isso se traduz em impacto econômico direto, fortalecendo hotéis, restaurantes, comércio e toda a cadeia do turismo.
Investir em atrativos turísticos é uma estratégia de desenvolvimento. Destinos com atrações fortes e bem estruturadas tendem a receber mais visitas, aumentar o gasto médio por pessoa e gerar benefícios econômicos e sociais duradouros. Mesmo em regiões ainda pouco exploradas, são o ponto de partida para transformar potencial em realidade.
Se o objetivo é fortalecer o turismo brasileiro, a resposta é clara: valorizar, qualificar e inovar os atrativos. Afinal, é a experiência que faz o turista ficar e, voltar.
*Marco Gonzaga é Gerente-geral do Dreams Park Show, graduado em Marketing, mestre pela UNESP, com atuação em grupos como Rio Quente Resorts (AVIVA) e WAM Group.





